O Processo de Joana D'Arc
Robert Bresson
Este filme atinge o ponto extremo do rigor e do despojamento e, nos parâmetros formais em que se situa, é uma obra de total perfeição.
João Bénard da Costa


Joana d’Arc vestiu-se de homem para poder lutar, entre iguais, pela libertação da França. Capturada em Compiègnes e vendida aos ingleses, tem porém direito a um julgamento fi nal, apresentando-se ao tribunal da Santa Inquisição, presidido pelo Bispo Cauchon. Robert Bresson parte dos registos escritos desse processo para construir, através da precisão das palavras, a sua visão da mítica Joana.
Florence Carrez encarna uma mulher corajosa e surpreendentemente feminina, que usa de todas as suas forças para enfrentar os seus juízes, que pretendem esgotá-la pela repetição. Encarceram-lhe o corpo, mas não é possível corromper a sua alma. Mesmo quando acabam por destruí-lo, Joana voa. Prometida ao fogo, este será o seu último combate, e Bresson transforma-o numa elegia intemporal.

festivais
Festival de Cannes 1962 - Prémio Especial do Júri
com
Florence Carrez, Jean-Claude Fourneau, Roger Honorat, Marc Jacquier, Jean Gillibert, Michel Herubel, André Regnier, Arthur Le Bau, Marcel Darbaud, Philippe Dreux, Paul-Robert Mimet, Gérard Zingg
ficha tÉcnica
argumento e realização Robert Bresson
director de fotografia Léonce-Henri Burel
operador de câmara Jean-Marie Maillols
som Antoine Archimbaud
música Francis Seyrig
decorador Pierre Charbonnier
guarda-roupa Lucilla Mussini
montagem Germaine Artus
director de produção Léon Sanz
produção Agnès Delahaie - Delahaie Productions

FRANÇA - 1962 - 62' - p&b