03 Julho 2015
ESTREIA DE O PREÇO DA FAMA E REPOSIÇÃO DE DOIS FILMES DE CHAPLIN NO CINEMA IDEAL
Com a estreia de O Preço da Fama, o novo filme do realizador de Dos Homens e dos Deuses, Xavier Beauvois, livremente inspirado na história real de dois pobres diabos que, nos anos 70, logo após a sua morte, se lembram de ‘raptar’ o caixão de Charles Chaplin, a Midas Filmes repõe no Cinema Ideal dois dos seus melhores filmes, O Garoto de Charlot e A Quimera do Ouro (diariamente às 15:15 e 14:00, respectivamente).

Esta reposição é particularmente dirigida a todos os miúdos já em férias de Verão e os bilhetes têm o preço único de 3,€.

"Maltrapilhos e clowns deste mundo – do outro também... –, juntem-se e tomem conta de tudo! Charlie Chaplin, depois de morto, faz um comeback, inspirando os dois pobres diabos que profanaram o seu túmulo. A história inicial é verdadeira: Charlot morreu no Natal de 1977 e dias depois o seu caixão foi desenterrado do cemitério de Vevey, Suíça, onde vivia com a mulher, Oona O’Neill, e oito filhos. Durante alguns dias, os dois ladrões (no filme, Poelvoorde e Roschdy Zem) foram desastrados negociadores de um resgate. Que nunca chegou. E tudo acabou em bem.
O realizador Xavier Beauvois (Dos Homens e dos Deuses, 2010) conta essa história. Mas o que é decisivo passa-se enquanto a história não é reconstituída, deixando-se antes possuir pelo espírito do clown. Que autoriza que o roubem e que o profanem de novo. É como se O Preço da Fama escutasse a cada plano uma comunicação mediúnica"
Vasco Câmara, Público


"Beauvois faz sobressair, na candura destas duas personagens vagabundas, a imaginação chapliniana, espalhada aliás por todo o filme, em subtis referências a algumas das suas obras. Um filme respeitoso e terno sobre a memória de Charles Chaplin"
Inês Lourenço, Diário de Notícias

“Beauvois imaginou uma ficção em que os ladrões do caixão são um emigrante clandestino árabe e um palhaço, ambos sem terem onde cair mortos, como os seus equivalentes da vida real, apresentando-os como personagens patética e involuntariamente chaplinescas”, Eurico de Barros, Time Out