08 Agosto 2014
ILO ILO, melhor primeiro filme em Cannes, já em exibição no UCI El Corte Inglés e no UCI Arrábida
Ilo Ilo de Anthony Chen está em exibição em exclusivo no UCI El Corte Inglés em Lisboa e no UCI Arrábida no Porto. O filme estreou com o aplauso da crítica, tendo sido distinguido com 5 estrelas pela revista Time Out.

“Uma estreia em beleza para Anthony Chen, que com Ilo Ilo recua às memórias de infância para criar aquele que é já um dos grandes filmes de 2014" escreve Sérgio Abranches na Time Out. Já Luís Miguel Oliveira no Público destaca que “a graça de Ilo Ilo está na sua justeza, na profunda credibilidade das suas personagens, no realismo doméstico com que os seus ambientes são descritos. (...) E uma forma de filmar a infância sem as "super-crianças" do cinema americano, uma infância muda e desajeitada, calorosa ainda que por vezes sofrida (...) Nesse olhar sobre a infância e sobre o seu pequeno protagonista, Chen faz lembrar bastante o japonês Koreeda (...) e talvez um pouco mais do que só ele. (...) Sim, falamos do senhor Yasujiro Ozu."

Pequena jóia, que arrebatou corações e o prémio Caméra d'Or que distingue o melhor primeiro filme do Festival de Cannes (independentemente da secção em que é mostrado), num júri presidido pela realizadora Agnès Varda, foi também o grande vencedor dos prémios Golden Horse, os galardões que premeiam os melhores filmes em língua chinesa do ano, arrebatando os prémios mais importantes e vencendo o favorito The Grandmaster de Wong Kar-wai.

Ilo Ilo conta a história da família Lim, uma família de classe média em Singapura, no final dos anos 90. Teresa é uma criada filipina, da província de Ilo Ilo, que é contratada para ajudar a família e cuidar das crianças. Como muitas outras filipinas, Teresa saiu do seu país em busca de uma vida melhor, mas a integração não é sempre fácil. Com o passar do tempo, os laços entre Jiale, o filho traquina dos Lim e Teresa vão-se estreitando. Mas, em 1997, agrava-se a crise financeira asiática.

Anthony Chen baseou-se na sua própria história. E, pouco depois da vitória em Cannes, reencontrou Terry, a sua ama filipina de quem tinha perdido o contacto há 16 anos.

“Cheio de amor e humor conta a história dos laços inseparáveis entre um rapaz de dez anos de Singapura e a sua ama filipina, enquanto a família tenta sobreviver durante a crise financeira asiática de 1997. Chen é extremamente inteligente na forma como descreve as tensões de classe e raciais na casa da família. Uma pedra-preciosa, pequena mas profundamente encantadora. ” escreve a Variety.  Já a Screen Daily sublinha as ressonâncias entre a crise asiática e a crise económica actual, que ajudam a que a história tenha um forte cunho universal. “A sua força emocional atinge-nos, tal como os sentimentos de Jiale pela ama que ele julgava odiar”.

Tem tanta doçura, humor e humanidade, é tão conseguido e confiante que é difícil acreditar que é um primeiro filme. 
The Guardian

Magnífico primeiro filme, um retrato intenso sobre a classe média em Singapura durante a crise financeira que espalhou o pânico pelos países asiáticos em desenvolvimento.
The New York Times

Cria uma poderosa ligação emocional. A história de uma ama, um rapaz e a sua família retratada com uma intimidade de cortar a respiração. Mostra que nas mãos certas até o dia-a-dia de uma família pode comover-nos profundamente. 
Los Angeles Times

Chen filma o apartamento e as ruas como um jovem Truffaut. Podia ser o 400 Golpes.
Financial Times