11 Novembro 2013
INDIEWIRE COLOCA ILO ILO ENTRE OS 10 PRIMEIROS FILMES NAS PREVISÕES PARA O OSCAR DE MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Ilo Ilo, primeira longa-metragem de Anthony Chen, de Singapura, aparece em sétimo lugar nas escolhas da Indiewire.

O site americano “Indiewire”, que é a grande referência crítica e noticiosa do cinema independente nos Estados Unidos e é seguido por milhares de profissionais e cinéfilos um pouco por todo o mundo, fez um primeiro artigo com as suas previsões para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, escolhendo 15 filmes e listando os cinco filmes mais prováveis, depois os cinco filmes que se podem intrometer nessa escolha e finalmente mais cinco que também podem aparecer na lista final. Nesta listagem, Ilo Ilo, a pré-nomeação de Singapura, aparece em sétimo lugar.

Pequena jóia, que arrebatou corações e o prémio Caméra d'Or que distingue o melhor primeiro filme do Festival de Cannes (independentemente da secção em que é mostrado), num júri presidido pela realizadora Agnès Varda, estreará em Portugal no início do próximo ano.

Ilo Ilo conta a história da família Lim, uma família de classe média em Singapura, no final dos anos 90. Teresa é uma criada filipina, da província de Ilo Ilo, que é contratada para ajudar a família e cuidar das crianças. Como muitas outras filipinas, Teresa saiu do seu país em busca de uma vida melhor, mas a integração não é sempre fácil. Com o passar do tempo, os laços entre Jiale, o filho traquina dos Lin e Teresa vão-se estreitando. Mas, em 1997, agrava-se a crise financeira asiática.

Anthony Chen baseou-se na sua própria história. E, pouco depois da vitória em Cannes, reencontrou Terry, a sua ama filipina de quem tinha perdido o contacto há 16 anos.

“Cheio de amor e humor conta a história dos laços inseparáveis entre um rapaz de dez anos de Singapura e a sua ama filipina, enquanto a família tenta sobreviver durante a crise financeira asiática de 1997. Chen é extremamente inteligente na forma como descreve as tensões de classe e raciais na casa da família. Uma pedra-preciosa, pequena mas profundamente encantadora. ” escreve a Variety.  Já a Screen Daily sublinha as ressonâncias entre a crise asiática e a crise económica actual, que ajudam a que a história tenha um forte cunho universal. “A sua força emocional atinge-nos, tal como os sentimentos de Jiale pela ama que ele julgava odiar”.

A Caça, de Thomas Vinterberg, que a Midas estreou em Março deste ano, é também apontado pela Indiewire como um dos cinco filmes preferidos para as nomeações.