21 Outubro 2013
Lançamento de Shoah, de Claude Lanzmann, amanhã na Fnac do Chiado
A Midas Filmes apresenta amanhã, dia 22 de Outubro, às 18h30, na Fnac Chiado o dvd da versão restaurada do filme monumento sobre o Holocausto: Shoah.

No fórum da Fnac Chiado, Esther Mucznik, vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, conversará com a historiadora Irene Pimentel e com o crítico Luís Miguel Oliveira sobre as memórias do Holocausto. A edição de Shoah tem um preço especial de lançamento de 20 euros até Dezembro de 2013, a partir desta data custará 25.

Shoah é editado pela primeira vez em Portugal, na sua versão restaurada. Opus de nove horas de duração, é um dos maiores documentários de todos os tempos. Um filme contra o esquecimento e sobre o impensável: a morte de mais de seis milhões de judeus pelos Nazis. Realizado ao longo de doze anos, apresenta entrevistas em 14 países com sobreviventes, testemunhas e criminosos. Sem recorrer a imagens de arquivo histórico, usa entrevistas que visam “reencarnar” a tragédia judaica, e visita os locais onde os crimes ocorreram. O filme nasceu da preocupação de Lanzmann com o facto de o genocídio perpetrado apenas 40 anos antes começar a ficar escondido nas brumas do tempo, uma atrocidade que começava a ser higienizada pela História.

Esta edição tem em complemento o filme Sobibor, 14 de Outubro 1943, 16 horas. O título do filme diz-nos o lugar, dia, mês, ano e hora da única revolta bem sucedida num campo de extermínio nazi na Polónia. 365 prisioneiros conseguiram escapar, mas apenas 47 sobreviveram às atrocidades da guerra. Claude Lanzmann conheceu Yehuda Lerner durante as filmagens de Shoah, em Jerusalém em 1979. Neste documentário, Lerner dá o seu testemunho ao realizador.

Claude Lanzmann nasceu em Paris em 1925. Jornalista, resistente, realizador, intelectual amigo de Sartre e Beauvoir, disse em 1985 que matava “nazis com a sua câmara de filmar”. A sua obra cinematográfica é o maior monumento que se pode erguer contra o esquecimento, uma obra admirável que permitiu mostrar e dizer o inconcebível, essencial para compreender o Holocausto.