17 Setembro 2020
ROUBAIX, MISERICÓRDIA DE ARNAUD DESPLECHIN CONTINUA EM EXIBIÇÃO
Roubaix, Misericórdia de Arnaud Desplechin, antestreado no Festival de Cannes, continua em exibição em Lisboa (Cinema Ideal, Amoreiras), Porto (Cinema Trindade, UCI Arrábida), Cascais (O Cinema da Villa) e Coimbra (Alma Shopping). 


O filme estreou com o aplauso da crítica em Portugal. 
Roschdy Zem conquistou o César de Melhor Actor pelo papel de um comissário de polícia com uma intuição apurada que sabe sempre quando um suspeito está ou não a mentir. 
É noite de Natal em Roubaix. Há altercações, carros incendiados e um jovem inspector que acaba de chegar e quer impressionar o chefe. Duas jovens mulheres são suspeitas na morte de uma idosa. Mas o caminho para chegar à luz e à verdade é sinuoso.

Veja o trailer aqui

"Em Roubaix, Misericórdia, nova longa-metragem de Arnaud Desplechin, o realizador transforma esse momento de reconstituição do crime numa sequência alucinante, jubilatória, como se se tratasse de “um casamento” — as personagens agora chamam-se Claude (Léa Seydoux) e Marie (Sara Forestier). Através do crime um casal reencontra-se, a confissão, mais do que a conformidade com a lei ou as despesas para com o formato do filme policial, é um pacto de amor." Vasco Câmara, Público 

"Enchendo todas as medidas, Roschdy Zem é o homem do filme, ator de uma arte discreta que começa no semblante de serena grandiosidade e acaba na postura de inefável nobreza, com uma lucidez à prova de bala (e, já agora, sem o exibicionismo comum dos raciocínios detetivescos)." Inês N. Lourenço, DN

Arnaud Desplechin está mais interessado em seguir, com o máximo de minúcia e realismo nu e cru, e dispensando o romanesco, todos os passos de uma investigação a um fogo posto e ao assassínio de uma octogenária. “Roubaix, Misericórdia” é um filme de ambiência policial “true crime”, mas com uma grande mochila de observação e preocupação social." Eurico de Barros, Observador

"O filme é marcadamente realista mas cria personagens que transcendem essa dimensão e todos os actores principais são aqui notabilíssimos (Léa Seydoux, Sara Forestier, Antoine Reinartz). Acima de todos eles está a personagem de Daoud, que me lembrou esse arquétipo cinematográfico que é Clint Eastwood, em particular no filme Absolute Power (Poder Absoluto, 1997), onde o então crítico de cinema Miguel Gomes vira um fantasma protector, que é o que o comissário Daoud também significa em Roubaix… O modo como ele conduz as diferentes investigações mostra que nada do que é humano lhe é estranho, e dá origem a uma espécie de sensação de apaziguamento da parte dos infractores, tanto nos crimes de menor importância como nos crimes capitais." Ricardo Gross, à pala de Walsh