A ÁFRICA DE JOSÉ DE GUIMARÃES

Jorge Silva Melo e Miguel Aguiar

Quando fui para África, senti-me culturalmente perdido num ambiente diferente do meu. Consegui apropriar-me de alguns processos que os africanos utilizam na sua comunicação. Introduzi esses elementos na minha pintura. Não colecciono por coleccionar, só adquiro peças que estabelecem um diálogo comigo. José de Guimarães

A grande transformação no percurso artístico de José de Guimarães dá-se quando parte para Angola em 1967, em serviço militar. Foi enorme o impacto que a arte africana primitiva teve sobre o seu trabalho. Começa a incorporar máscaras e fetiches nos seus trabalhos, desenvolvendo uma pintura simbólica na qual cada figuração se transforma em elemento metafórico ou alegórico, elaborando, deste modo, um autêntico “alfabetário”, em que cada pictograma encontra um significado explícito, numa espécie de escrita ideogramática de sinais que Gillo Dorfles designa como “morfemas”. A partir da extraordinária colecção de Arte Tribal Africana do artista, tentamos aqui assinalar esse incessante vaivém.

FICHA TÉCNICA

realização Jorge Silva Melo e Miguel Aguiar
imagem José Luís Carvalhosa
assistente de imagem César Casaca, Paulo Menezes
som Armanda Carvalho
música João Madeira
montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar
uma produção Artistas Unidos
com o apoio Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

16/9 | 1.78:1

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